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Nossa ideia foi lançada a partir da proposta de uma disciplina, mas não queremos parar nosso blog por aqui. Longe disso. Queremos que mais e mais pessoas possam (Vi)ver n_a cidade com a gente, compartilhar olhares, experiências vindas de toda parte.

Uma forma menos óbvia de ver a Avenida Paulista

Por Valdir Lamim-Guedes

A Avenida Paulista, coração cultural e econômico da cidade de São Paulo, é famosa por sua vida agitada, lojas, escritórios e prédios famosos, como o MASP, FIESP e o Conjunto Nacional. No entanto, há aspectos menos abordados quando se trata desta avenida.

O portal americano Huffington Post publicou em abril passado uma lista com as 26 melhores cidades para ver arte de rua (street art). Segundo Katherine Brooks, responsável pela listagem, “O que antes era um ato clandestino de vandalismo artístico é agora, mais frequentemente, uma forma célebre da arte pública, aparecendo em grandes metrópoles em todo o mundo”.

Performance à deriva

Por Janaína Quitério

Eles vieram da rua da Consolação e entraram na rua Araújo movimentando a calçada. Em direção ao Edifício Copan, o grupo de 20 pessoas dançou ao ruído de carros, das buzinas e dos toc toc de saltos altos – mas só para quem observava, porque a música badalava através de seus fones de ouvido.

A condição da mulher em praça pública

Por Janaína Quitério

A sexta-feira à noite na boêmia e esportista Praça Roosevelt, no centro de São Paulo, estava apenas começando quando um rapaz atravessou violentamente a calçada de bares e teatros em direção à escadaria apertando o braço de uma moça, que vestia um colete de tampinhas de bebidas. Sem soltar palavra, agarrou os cabelos dela e mergulhou algumas vezes a sua cabeça em uma bacia. A calçada cheirava a vinho: era o que tinha dentro do balde.

Outros significados para espaços urbanos

Por Juliana Passos

A resignificação do espaço urbano pode ser feita por algumas horas, alguns dias, também há transformações completas. Em 2005 a artista visual e arquiteta  Louise Ganz iniciou o projeto “Lotes Vagos: Ocupações Experimentais” em Belo Horizonte. Procurando os proprietários de diversos terrenos na capital, grupos de artistas solicitavam o empréstimo dos terrenos para o uso coletivo. A ideia era transformar lotes vagos em áreas públicas temporárias. “Este projeto surgiu de muitos processos, mas um deles foi de pensar uma cidade mais aberta e livre, menos ditada pela lógica da propriedade privada, e mais pelas possibilidades de usos pela população. Surgiu de passeios aleatórios que fazia pela cidade, da observação dos acontecimentos espontâneos. De um desejo por uma maior mistura entre natureza e cidade, e da permanência de espaços vazios, onde  as funções não fossem definidas e autoritárias”.

Minhocão pra gente

Por Janaína Quitério

 O RELÓGIO BATE-

NOVE E MEIA A PONTE FECHA.

MINHOCÃO PRA GENTE!

Copa para todos

Por Juliana Passos

Foi uma vergonha só, ou uma fiasqueira, como se diz no sul. Uma coreografia desencontrada, música estranha, o tão anunciado chute inicial dado por um homem paraplégico foi deixado de lado e teve aquele penalti inexistente. Para lembrar que não foi só na abertura que a Copa do Mundo fez muito fiasco, moradores da Favela do Moinho – localizada na região central da cidade de São Paulo – organizaram em conjunto com o Comitê Popular da Copa uma festa junina na comunidade.

Puxe a cadeira – conversa que dá crônica

Por Janaína Quitério

Não me lembrava do último convite para uma conversa descompromissada como o que recebi ao me deparar com um cartaz que coloria o final de tarde de sábado na Avenida Paulista: “Quer conversar? Sente-se comigo”. Quem passava por ali, desapertava o passo.

Livre circulação

Por Juliana Passos

Em abril, os moradores de Marsilac e Mambu organizaram sua primeira experiência com linhas de ônibus circulando na região, onde o transporte coletivo mais próximo está a 15 quilômetros. Para pressionar a prefeitura, os moradores organizaram a linha custeada com um bingo promovido na semana anterior e mostraram como querem seu funcionamento: sem tarifação na entrada.